Chineses trocam chá por café e isso é sensacional para o agro

País, que até 2022 ocupava a 20ª posição no ranking de compradores do Brasil, saltou para o 6º lugar

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Chineses trocam chá por café e isso é sensacional para o agro
16deOutubrode2024ás10:06

O chá, bebida milenar na China, tem perdido espaço para o café, especialmente entre os jovens. Essa mudança de hábito representa uma excelente notícia para o agronegócio brasileiro, que se beneficia diretamente do crescente consumo de café no gigante asiático.

Em 2023, a China importou 1,48 milhão de sacas de café do Brasil, um aumento expressivo de 278,6% em relação a 2022, quando foram exportadas 390.879 sacas. 

Esse crescimento alçou o país à 6ª posição entre os principais compradores do café brasileiro, segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). A expectativa é que, em 2024, o volume de exportações atinja 2,5 milhões de sacas.

Nas últimas duas décadas, o consumo de café na China mais que dobrou, passando de 231 mil sacas de 60kg para 2,8 milhões em 2022, de acordo com a Organização Internacional do Café (OIC). 

A China também superou os Estados Unidos no número de cafeterias de marca, com 49.690 pontos de venda, conforme o World Coffee Portal.

O aumento do consumo está diretamente relacionado ao perfil dos consumidores, em sua maioria jovens urbanos com alto poder aquisitivo, interessados em novas experiências e estilos de vida. 

Estudo da Frost & Sullivan apontou que, em 2020, 330 milhões de chineses já consumiam café, enquanto em 2013 esse número era de 190 milhões. O café passou a ser visto como um símbolo de status social e modernidade.

cafe China

Brasil lidera produção global

O Brasil continua a ser o maior produtor de café do mundo, com uma safra de 55 milhões de sacas em 2023/2024, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).