COP29: CNA cobra financiamento para assumir metas ambientais a partir de 2031
Segundo entidade, países desenvolvidos descumprem promessa de US$ 100 anuais para adaptação climática
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) presidiu a reunião da Federação das Associações Rurais do Mercosul (Farm), na quarta (dia 16), no Chile, que discutiu, entre outros assuntos, o posicionamento dos países integrantes para a COP 29.
A entidade apresentou sua carta de posicionamento na qual destaca o financiamento climático como a principal prioridade na COP29, que será realizada entre 11 e 22 de novembro em Baku, Azerbaijão.
Além do Brasil, estiveram presentes na reunião representantes da Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile.
A organização defende que sem mecanismos financeiros adequados, as ações de mitigação e adaptação necessárias para cumprir as metas do Acordo de Paris ficarão comprometidas.
No documento, a CNA destacou a importância de mobilizar recursos para a agricultura de baixa emissão de carbono, colocando em evidência o Plano ABC+ como uma das principais políticas setoriais de agropecuária do Brasil.
O objetivo é que esse plano seja inserido no portal do Grupo de Sharm El-Sheikh, plataforma de debate internacional que centraliza as iniciativas climáticas voltadas para a segurança alimentar e adaptação agrícola.
Segundo a entidade, o financiamento climático global precisa atingir uma nova meta coletiva e quantificada (NCQG), que seja adequada para apoiar os países em desenvolvimento na implementação de suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) a partir de 2031.