Mistura de etanol na gasolina em 35% pode impulsionar moagem de cana em 42 milhões de toneladas
Projeção foi feita pelo Ministério de Minas e Energia
|No início de abril, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei do Combustível do Futuro, que tem como objetivo estimular a produção e o uso de combustíveis sustentáveis.
A ampliação da mistura do etanol na gasolina para 35% foi uma das principais perspectivas dessa legislação.
Segundo projeções do Ministério de Minas e Energia (MME), essa medida pode elevar a moagem de cana-de-açúcar em até 42 milhões de toneladas por ano e aumentar o processamento de milho em 7 milhões de toneladas.
A informação foi divulgada hoje pelo jornal Estado de São Paulo. O secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Mendes, destacou a necessidade de aumentar a produção de biomassa para atender a essa demanda.
“Estamos falando de um aumento de 7 milhões de toneladas na demanda por milho, o que representa mais de 60%, e de 42 milhões de toneladas de cana, que implica um aumento de 7% na biomassa necessária para justificar o E35”, afirmou Mendes durante o seminário “Agroenergia: Transição Energética Sustentável”, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Segundo o secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Mendes, o processamento de milho e de cana de açúcar, o país vai precisar aumentar a produção de biomassa.
“Nós estamos falando de aumento de 7 milhões de toneladas de demanda por milho, mais de 60%, ou de cana de 42 milhões de toneladas, mais 7% de biomassa para fazer jus ao E35”, disse Mendes durante o seminário Agroenergia: Transição Energética Sustentável, realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Além disso, o MME projeta um acréscimo de 3,17 bilhões de litros no consumo de etanol anidro por ano, totalizando 37,8 bilhões de litros até o final de 2037.
Mendes detalhou ainda que, para a produção de etanol, estão previstas a construção de sete novas usinas de etanol de milho, com investimentos de R$ 2 bilhões em cada planta e a geração de 300 empregos diretos por unidade.