Rebanho bovino brasileiro deverá ser 100% rastreado até 2032

Processo não será implementado imediatamente e seguirá um cronograma claro

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Plano estabelece um prazo de dois anos para que os estados adotem sistemas que possibilitem o registro do gado junto ao governo federal. (Foto: Wenderson Araujo)

Plano estabelece um prazo de dois anos para que os estados adotem sistemas que possibilitem o registro do gado junto ao governo federal. (Foto: Wenderson Araujo)

17deDezembrode2024ás17:40

O ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, apresentou nesta terça-feira (17) o Plano Nacional de Rastreabilidade na Pecuária.

A implementação da identificação de bovinos e bubalinos será gradual e ocorrerá ao longo dos próximos sete anos. Entre 2024 e 2026, será construída a base de dados nacional. Entre 2027 e 2029, terá início a identificação individual dos animais, com a previsão de atingir todo o rebanho até 2032.

O plano estabelece um prazo de dois anos para que os estados adotem sistemas que possibilitem o registro do gado junto ao governo federal.

Segundo Fávaro, o plano é fruto de um acordo firmado com a CNA, que representa todos os pecuaristas brasileiros, a indústria, os produtores e exportadores, além dos governos federal e estaduais.

“Juntos, vamos enfrentar um problema sério e importante, que é dar mais transparência e assertividade ao nosso sistema coletivo. O projeto tem como objetivo elevar a qualidade, a inovação e a competitividade da pecuária brasileira, além de promover o bem-estar animal. Com a rastreabilidade, produtores e consumidores terão acesso completo a todas as etapas da cadeia produtiva”, disse o ministro.

A transparência é fundamental, pois o mundo  exige práticas transparentes, tanto ambientais quanto sociais e trabalhistas, explicou Fávaro. 

“O Brasil tem plena capacidade para atender a essas exigências. Não precisamos ter receio de abrir os dados sobre o nosso rebanho. Nenhum país no mundo tem a capacidade de cumprir legislações tão rígidas quanto as do Brasil. Além disso, nossa legislação sobre reserva legal e nossa competência sanitária são reconhecidas globalmente.”

Segundo o ministro, o processo de rastreabilidade não precisa ser implementado imediatamente, mas segue um cronograma claro: o programa começará em 2027, com ajustes e testes até 2026, e “em 2032 começaremos a ver resultados concretos.”

“Com isso, o Brasil avançará ainda mais no mercado internacional, tornando-se mais competitivo e reconhecido como um dos maiores produtores de carne de qualidade do mundo.”

Repercussão