Operação de guerra tenta salvar produção de citros no Paraná
Ação emergencial visa eliminar plantas hospedeiras do psilídeo, transmissor de doença devastadora
|Paranavaí tem nova operação para preservar produção comercial de citros. (Foto: Câmara Técnica da Citricultura)
O greening, considerado uma das pragas mais agressivas da citricultura mundial, mobiliza uma operação de grande escala no Paraná, que se iniciou e neste ano na cidade de Paranavaí.
A ação envolve a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), a prefeitura local e diversos órgãos, visando preservar a produção de citros, atividade essencial para a economia da região.
A medida emergencial, iniciada no Distrito de Sumaré, busca eliminar plantas hospedeiras do psilídeo transmissor do greening.
Agentes municipais e estaduais, com apoio da Secretaria de Agricultura e Guarda Municipal, estão visitando residências para sensibilizar moradores e promover o corte de árvores cítricas e murta.
Mais de 3 mil plantas devem ser erradicadas, com os resíduos sendo descartados de forma ambientalmente adequada.
“O engajamento da população é fundamental. Em caso de resistência, a fiscalização será acionada para garantir a execução da medida”, afirmou Alisson Santos Barroso, gerente regional da Adapar.
Impacto econômico e social
Paranavaí, principal polo citrícola do Paraná, emprega cerca de 5 mil pessoas na cadeia produtiva. A erradicação das plantas infectadas é vital para evitar a disseminação da doença, que compromete frutos, reduzindo a produção e a qualidade comercial.