“Mercado de tratores pequenos não caiu, pelo contrário, cresceu em 2024”, diz CEO da Mahindra

Empresa investirá R$ 100 milhões para triplicar a produção no país até 2030

“Mercado de tratores pequenos não caiu, pelo contrário, cresceu em 2024”, diz CEO da Mahindra
20deFevereirode2025ás08:36

A indiana Mahindra ostenta o título de maior fabricante de tratores agrícolas do planeta com mais de 420 mil unidades produzidas por ano.

Para se ter ideia, o número representa quase 10 vezes o total do mercado brasileiro no mesmo intervalo.

Tal gigantismo é proporcional ao potencial e aos planos da Mahindra no país, bem como ao horizonte da Índia na economia global, apontada por muitos especialistas como a “Nova China".

“Nossa matriz tem apoiado muito a expansão no Brasil. O país tem cerca de 800 mil tratores em operação, porém mais da metade tem mais de 15 anos. A renovação é essencial, especialmente para os pequenos produtores”, introduz Jak Torretta, CEO da Mahindra Brasil.

O histórico recente e os planos futuros da fabricante também corroboram.

A Mahindra Brasil aumentou em quase 15 vezes suas vendas desde 2016 (de cerca de 200 unidades para quase 3 mil ao ano) e planeja triplicar o volume para chegar a 9 mil produtos por ano até 2030.

Para isso, já tem R$ 100 milhões destinados a uma nova fábrica no Rio Grande do Sul, estado que conta com sua primeira unidade fabril no município de Dois Irmãos.

"Nossa fábrica atual está próxima do limite de produção, que chegará a 3 mil tratores este ano. Já temos investimentos aprovados para triplicar esse volume, alcançando 8 mil a 9 mil unidades anuais”, detalha.

Quanto aos outros estados, já são 86 pontos de vendas e de assistência técnica nas principais regiões produtoras no país e pelo menos 12 mil tratores e pulverizadoras em operação em milhares de fazendas. 

O foco em maquinários de até 120 cavalos também se explica pela raiz indiana. O país mais populoso do mundo possui milhões de pequenos agricultores que contam com a robustez e a economia dos equipamentos da Mahindra para suas atividades.

A escolha caiu como uma luva no Brasil, especialmente no ano passado, quando a vendas de maquinários em geral teve queda de 8,3%, o pior resultado depois de um período de expressivas altas.