Setor de máquinas agrícolas teme mais China e Índia do que queda das vendas
Segmento vendeu cerca de um terço menos unidades em relação a 2022, segundo ano de retração
O setor de máquinas agrícolas está mais preocupado com a avalanche de equipamentos da China e da Índia do que, exatamente, com a queda nas vendas pelo segundo ano consecutivo.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anafavea) divulgou hoje (dia 23) que as importações triplicaram desde 2020 e já representaram mais da metade (53,9%) do mercado no país em 2024.
Até mesmo a redução de quase um terço nas vendas em relação há dois anos ficou em segundo plano, dada a justificativa de que a agropecuária e suas variações cíclicas explicam boa parte da queda.
De fato, a comercialização de máquinas agrícolas somou 48,9 mil unidades no ano passado, número que significa 19,8% menos que as 61 mil máquinas em 2023 ou 30,5% abaixo dos 70,3 mil equipamentos em 2022.
“Nos causa grande preocupação o aumento da participação das máquinas importadas, com destaque para as empresas com menos de 20 empregados. O resumo é que todos no país saem perdendo”, avaliou o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.