Guerra comercial entre EUA e China abrirá nova janela “passageira" para soja brasileira
Apesar do aparente benefício ao produtor brasileiro, a volatilidade permanece alta e exige decisões fundamentadas em análises de mercado
|
O recrudescimento da guerra comercial alcançou níveis sem paralelo na história.
A China anunciou nesta sexta-feira (11) a elevação de sua tarifa retaliatória sobre importações dos Estados Unidos de 84% para 125% a partir de amanhã.
Em abril de 2025, as alíquotas bilaterais chegaram aos maiores patamares da história: 125% no lado chinês e 145% no lado norte-americano, afetando diretamente a precificação global de grãos e praticamente rompe o comércio de grãos entre os dois países.
Isso porque o impasse envolve não apenas disputas tarifárias, mas também alegações de manipulação cambial, controle de rotas comerciais e busca por hegemonia geopolítica. Nesse cenário, o Brasil surge como alternativa urgente para a China.
O país asiático já intensificou as compras de soja brasileira nos últimos meses, o que elevou os prêmios de exportação e reacendeu debates sobre logística e gestão de risco.