Rússia e China se unem para enfrentar Estados Unidos
Além disso, União Europeia propõe tarifas de 95 bilhões de euros para os EUA
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A guerra comercial deflagrada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, gerou uma reação em cadeia e ampliou o isolamento norte-americano no cenário global.
Agora, com o apoio mútuo entre Rússia e China, e a ameaça de novas tarifas por parte da União Europeia, o embate comercial toma proporções geopolíticas mais sérias.
Em declaração conjunta divulgada nesta quinta-feira (8), os presidentes Vladimir Putin e Xi Jinping afirmaram que pretendem intensificar a cooperação bilateral para enfrentar, de forma coordenada, as sanções e tarifas impostas pelos Estados Unidos.
O comunicado, publicado pelo Kremlin, reforça ainda a aliança militar entre os dois países e sinaliza um endurecimento frente às medidas unilaterais de Washington.
Pequim cobra “sinceridade” dos EUA
O porta-voz do Ministério do Comércio da China, He Yadong, exigiu que os Estados Unidos abandonem as “práticas erradas” e parem com as tarifas unilaterais, classificadas como abusivas.
Em coletiva nesta quinta, ele afirmou que, para que haja avanço nas negociações, os EUA precisam demonstrar “sinceridade” e “respeitar a justiça internacional”.
“O lado norte-americano deve enfrentar os impactos negativos de suas ações tarifárias, tanto sobre si quanto sobre a comunidade global”, disse He, ressaltando que Pequim não aceitará acordos que sacrifiquem seus princípios.
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