Lula busca acordos com a China após alívio na guerra tarifária
Agenda brasileira na Ásia rende R$ 27 bi enquanto EUA e China selam acordo temporário
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Viagem para a China é considerada estratégica para o agronegócio. (Foto: Foto: Ricardo Stuckert / PR)
Os Estados Unidos e a China concordaram nesta segunda-feira (13) em reduzir temporariamente as chamadas "tarifas recíprocas" por 90 dias, em um movimento que acalma o comércio global e abre espaço para novos arranjos bilaterais.
No embalo dessa trégua entre as duas maiores economias do mundo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avança em sua agenda oficial na China com o o anúncio de parcerias estratégicas e um pacote que já soma R$ 27 bilhões em novos investimentos no Brasil, abrangendo setores como energia, indústria automobilística, tecnologia, delivery e mineração..
Na primeira etapa da visita ao país asiático, Lula participou de audiências com executivos de empresas chinesas ligadas aos setores de energia sustentável e defesa.
Um dos principais resultados foi o anúncio de um investimento de US$ 1 bilhão na produção de SAF (combustível sustentável de aviação), por meio da Envision Group, com base em cana-de-açúcar.
Também foi firmado um acordo para a criação de um centro de Pesquisa e Desenvolvimento em energia renovável, numa parceria entre a Windey Technology e o Senai-Cimatec.
“O presidente atendeu separadamente várias empresas que vão investir no Brasil, montar centros de pesquisa e gerar desenvolvimento tecnológico”, disse o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
No setor de energia, a estatal CGN (China General Nuclear) se comprometeu com um aporte de R$ 3 bilhões para a construção de um hub de energia renovável no Piauí, com foco em eólica e solar.