Inflação de maio desacelera com recuo nos preços do tomate, arroz e ovos, diz IBGE
No entanto, alguns alimentos ainda registraram alta, como batata-inglesa, cebola, café moído e carnes
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A inflação oficial do Brasil perdeu força em maio, puxada principalmente pela queda nos preços dos alimentos.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (10) pelo IBGE, avançou 0,26% no mês, abaixo dos 0,43% registrados em abril. No ano, o índice acumula alta de 2,75%, enquanto a taxa em 12 meses ficou em 5,32%.
O principal alívio veio do grupo Alimentação e Bebidas, de maior peso na composição do índice. A inflação do grupo caiu de 0,82% em abril para 0,17% em maio, com destaque para a alimentação no domicílio, que praticamente zerou: passou de 0,83% para 0,02%.
Entre os itens que mais contribuíram para a desaceleração, estão:
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Tomate: -13,52%
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Arroz: -4,00%
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Ovo de galinha: -3,98%
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Frutas: -1,67%
Apesar do recuo nesses produtos, alguns alimentos ainda registraram alta, como batata-inglesa (10,34%), cebola (10,28%), café moído (4,59%) e carnes (0,97%).
A alimentação fora do domicílio também desacelerou, embora tenha mantido alta. O subitem refeição subiu de 0,48% para 0,64%, enquanto o lanche recuou de 1,38% para 0,51%.
“A queda nos preços do tomate está ligada ao avanço da safra de inverno, o que elevou a oferta. Já a batata-inglesa seguiu em alta por causa do atraso na mesma safra. No caso da cebola, o encarecimento se deu por fatores ligados à importação, principalmente da Argentina”, explicou o gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves.