Exportações do Brasil para a China caem e superávit encolhe no 1º semestre

País registra pior desempenho desde 2015; vendas chinesas avançam 22,2% e ampliam presença no mercado nacional

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Exportações do Brasil para a China caem e superávit encolhe no 1º semestre
22deJulhode2025ás11:00

As exportações brasileiras para a China recuaram 7,5% no primeiro semestre de 2025, totalizando US$ 47,864 bilhões.

Segundo o Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), esse foi o pior resultado desde 2015, puxado pela queda nas vendas de três dos cinco principais produtos embarcados.

Ainda assim, a China manteve ampla liderança como principal destino das exportações do Brasil, respondendo por 28,7% das vendas externas no período.

Na contramão, as exportações chinesas para o Brasil avançaram 22,2%, somando US$ 35,692 bilhões.

Com isso, a participação da China nas importações brasileiras subiu de 24,2% para 26,3% — maior nível já registrado no comércio bilateral, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Superávit brasileiro encolhe

Apesar da retração nas vendas, o saldo comercial com a China segue positivo para o Brasil. O superávit, no entanto, caiu para US$ 12 bilhões — o menor desde 2019 e praticamente a metade do registrado no mesmo período do ano passado. 

Ainda assim, esse valor representou 40% de todo o superávit comercial brasileiro no semestre.

A corrente de comércio entre os dois países totalizou US$ 83,376 bilhões no primeiro semestre, alta modesta de 3,2% sobre o mesmo período do ano passado. Em 2024, o crescimento havia sido de 9,5%.

O montante equivale a mais da metade dos US$ 158 bilhões registrados ao longo de todo o ano passado.

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