Mercosul fecha acordo histórico de livre comércio com EFTA
Integração com Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein ocorre em meio a impasses políticos na União Europeia
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Entre os principais beneficiados estão carnes bovina, suína e de aves, milho, farelo de soja, frutas (banana, melão e uva), café torrado, sucos de laranja e maçã, mel, etanol e fumo não manufaturado
O Mercosul e os quatro países da Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) — Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein — assinaram nesta terça-feira (16), no Rio de Janeiro, um Acordo de Livre Comércio (ALC) que estabelece uma zona econômica de aproximadamente 300 milhões de pessoas e um Produto Interno Bruto (PIB) conjunto superior a US$ 4,3 trilhões.
As negociações começaram em junho de 2017, em Buenos Aires, e foram concluídas após 14 rodadas formais, além de encontros adicionais desde o início de 2025.
O texto cobre bens, serviços, investimentos, propriedade intelectual, compras governamentais, concorrência, regras de origem, defesa comercial, medidas sanitárias e fitossanitárias, barreiras técnicas, solução de controvérsias e desenvolvimento sustentável.
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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, destacou o caráter estratégico do tratado:
“É um passo estratégico e decisivo para a política comercial do Brasil e para o Mercosul. O acordo mostra ao mundo que o Brasil está pronto para competir e cooperar em alto nível.”
Segundo ele, a parceria reforça valores como democracia, direitos humanos e sustentabilidade.
“Abrir mercados não é apenas sobre comércio exterior. É sobre aumentar a renda da população, fortalecer a indústria e tornar o Brasil mais competitivo no cenário global. É comércio com propósito”, completou.
Termos do acordo