Projeto de soja na Amazônia aposta em agricultura regenerativa e rastreável para transformar a produção
Iniciativa internacional atua no Acre, Rondônia e Pará para transformar a produção de soja em um modelo sustentável e rastreável

Um novo projeto quer mudar a forma de produzir soja na Amazônia.
Com foco nos estados do Acre, Rondônia e Pará, o Projeto Soja Sustentável na Amazônia, conduzido pela Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag), propõe um modelo de cultivo que une produtividade, conservação ambiental e rastreabilidade de origem.
A iniciativa está em fase de diagnóstico e deve envolver 79 produtores rurais e 60 mil hectares de áreas agrícolas, que passarão por transição regenerativa até a safra 2025/26.
O objetivo é construir um modelo replicável e de longo prazo, alinhado a normas internacionais de sustentabilidade, como o Regulamento Europeu de Produtos Livres de Desmatamento (EUDR).
Financiado pela Jacobs Futura Foundation (JFF), o projeto reúne Imaflora, AgriTIERRA e Alauda Consulting, e busca difundir boas práticas agrícolas e estratégias de transição em toda a região amazônica.
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A seguir, o Agrofy News publica a entrevista completa e exclusiva com Denys Biaggi, líder de Desenvolvimento de Negócios e Inteligência de Mercado da Fundepag, que detalha as metas, os desafios e o papel da agricultura regenerativa no futuro da produção de soja na Amazônia.
“Os resultados desta fase piloto servirão como base para a expansão do modelo para outros estados e novas cadeias produtivas”, conta.
Como surgiu a ideia do projeto e em que fase o projeto está atualmente? Já há produtores participando ou essa etapa ainda está sendo estruturada?
Denys Biaggi: O projeto nasceu a partir de uma chamada internacional voltada a iniciativas de combate ao desmatamento por meio da produção sustentável de soja na Amazônia, promovida pela fundação britânica Jacobs Futura Foundation, que atua globalmente no fomento a soluções inovadoras e sustentáveis para os grandes desafios contemporâneos.
Com ampla experiência e rede de parceiros a Fundepag submeteu uma proposta alinhada à temática da chamada e foi selecionada para sua execução.
Iniciado em junho de 2025, o projeto encontra-se atualmente na fase de diagnóstico da maturidade em sustentabilidade das propriedades rurais participantes, localizadas nos estados do Acre, Rondônia e Pará.
Quantos produtores devem integrar essa primeira fase? Há uma meta definida até a próxima safra?
DB: A meta é envolver 79 produtores rurais na primeira fase do projeto — 7 no Acre, 36 em Rondônia e 36 no Pará —, abrangendo aproximadamente 60 mil hectares de áreas agrícolas que passarão por processos de transição regenerativa até a safra 2025/26.