Fundo florestal criado pelo Brasil já soma bilhões e recebe elogio de príncipe William
Proposta brasileira lançada em Belém recebe aceno político e anúncios de recursos de países europeus; governo mira escala com capital privado
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O Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), criado pelo Brasil para remunerar países que mantêm as florestas em pé, estreou com força: além de elogios públicos, já soma anúncios bilionários de aporte e apoio internacional.
A proposta, lançada nesta quinta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a Cúpula do Clima em Belém (PA), reforça a ideia de que conservar vale mais do que derrubar, criando um mecanismo de pagamento por resultados ambientais.
Lula convidou outras nações a aderirem ao projeto.
“As florestas valem mais em pé do que derrubadas. Elas deveriam integrar o PIB dos nossos países. Os serviços ecossistêmicos precisam ser remunerados assim como as pessoas que protegem as florestas. Os fundos verdes internacionais não estão à altura do desafio”, disse Lula.
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A iniciativa já teve resultados concretos: ganhou aportes milionários e elogio do príncipe William.
A Noruega anunciou na tarde desta quinta-feira (6) o aporte de US$ 3 bilhões, que deverá ser pago em dez anos, para o Fundo Florestas Tropicais para Sempre. A informação foi confirmada pelo Ministério da Fazenda. O anúncio foi feito em Belém, durante a Cúpula de Líderes, evento que antecede a COP30.

Com as novas promessas, o fundo chegou a US$ 5,5 bilhões em investimentos comprometidos, após anúncios de Noruega e França. Os franceses vão investir 500 milhões de euros, e Portugal se soma ao grupo com mais 1 milhão de euros.