Plano Clima aprovado: o que muda para a agricultura e pecuária a partir de agora?

Revisões no cálculo de emissões reduzem peso do agro, separam desmatamento das atividades produtivas e redefinem metas até 2035

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Plano Clima aprovado: o que muda para a agricultura e pecuária a partir de agora?
16deDezembrode2025ás09:59

O governo federal aprovou oficialmente nesta segunda-feira (15) a nova versão do Plano Clima, instrumento que direciona a política climática do Brasil e define estratégias para cumprir os compromissos assumidos no Acordo de Paris e na nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) até 2035.

O documento foi validado pelo Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM) após mais de dois anos de articulação técnica e participação social.

Nesta nova configuração, o cálculo de emissões do setor agropecuário caiu de 1,4 bilhão de toneladas de CO equivalente para 643 milhões de toneladas de CO equivalente por ano, ou seja, menos da metade do número que circulou nas primeiras versões.

O Plano Clima reúne as Estratégias Nacionais de Mitigação e Adaptação  e planos para vários setores da economia nacional (incluindo agricultura e pecuária), que estabelecem metas de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e medidas de adaptação à mudança do clima.

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No total, são 8 eixos desenhados para mitigação (que significa redução de emissões) e mais 16 para adaptação.

O objetivo é reduzir as emissões de gases de efeito estufa de 2,04 bilhões de toneladas de CO equivalente (volume de 2022) para 1,2 bilhão de toneladas em 2030 e para uma banda que varia de 850 milhões de toneladas (menos 58% em relação a 2022) a 1,05 bilhão de toneladas (menos 49% sobre 2022) em 2035.

A previsão é de que a resolução do Plano Clima seja publicada no Diário Oficial da União (DOU), nesta terça-feira (16).