Plano Clima aprovado: o que muda para a agricultura e pecuária a partir de agora?
Revisões no cálculo de emissões reduzem peso do agro, separam desmatamento das atividades produtivas e redefinem metas até 2035
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O governo federal aprovou oficialmente nesta segunda-feira (15) a nova versão do Plano Clima, instrumento que direciona a política climática do Brasil e define estratégias para cumprir os compromissos assumidos no Acordo de Paris e na nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) até 2035.
O documento foi validado pelo Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM) após mais de dois anos de articulação técnica e participação social.
Nesta nova configuração, o cálculo de emissões do setor agropecuário caiu de 1,4 bilhão de toneladas de CO₂ equivalente para 643 milhões de toneladas de CO₂ equivalente por ano, ou seja, menos da metade do número que circulou nas primeiras versões.
O Plano Clima reúne as Estratégias Nacionais de Mitigação e Adaptação e planos para vários setores da economia nacional (incluindo agricultura e pecuária), que estabelecem metas de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e medidas de adaptação à mudança do clima.
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No total, são 8 eixos desenhados para mitigação (que significa redução de emissões) e mais 16 para adaptação.
O objetivo é reduzir as emissões de gases de efeito estufa de 2,04 bilhões de toneladas de CO₂ equivalente (volume de 2022) para 1,2 bilhão de toneladas em 2030 e para uma banda que varia de 850 milhões de toneladas (menos 58% em relação a 2022) a 1,05 bilhão de toneladas (menos 49% sobre 2022) em 2035.
A previsão é de que a resolução do Plano Clima seja publicada no Diário Oficial da União (DOU), nesta terça-feira (16).