Conab vê “recorde do recorde” na 1º projeção sobre safra 22/23

Volume pode chegar a 312,4 milhões de toneladas, 15,3% acima da última temporada

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Área destinada para o plantio apresenta um crescimento de 2,9% em relação ao ciclo 2021/22. (foto - CNA)

Área destinada para o plantio apresenta um crescimento de 2,9% em relação ao ciclo 2021/22. (foto - CNA)

06deOutubrode2022ás09:24

A produção brasileira de grãos pode atingir 312,4 milhões de toneladas na safra 2022/23, 15,3% acima do recorde obtido na última temporada recentemente encerrada. Se confirmado, o volume supera em 41,5 milhões de toneladas o total de 270,9 milhões de toneladas colhidas em 2021/2022.

É o que aponta o 1º Levantamento da Safra de Grãos 2022/23 divulgado, nesta quinta-feira (6), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O novo total previsto também está acima dos mais de 308 milhões de toneladas de grãos previstas na primeira projeção realizada em setembro.

De acordo com o novo documento, a área destinada para o plantio apresenta um crescimento de 2,9% em relação ao ciclo 2021/22, sendo estimada em 76,6 milhões de hectares.

“Vale ressaltar que no Brasil, considerando a sua vasta extensão territorial, há o cultivo de três safras em períodos distintos. Assim, para todas as culturas são utilizados, aproximadamente, 52,6 milhões de hectares”, reforça o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro.

Dentre os produtos, destaque para soja e milho que juntos devem registrar uma produção de 279,3 milhões de toneladas. No caso da soja, os agricultores brasileiros devem destinar uma área de 42,89 milhões de hectares, um crescimento de 3,4% se comparada com a safra passada.

A semeadura do grão ocorre dentro da janela nos principais estados produtores e chega a 4,6% da área, com o maior índice registrado no Paraná (9%), seguido de Mato Grosso (8,9%) e de Mato Grosso do Sul (6%). Com o avanço da área, a estimativa da Conab para a produção da oleaginosa é de 152,4 milhões de toneladas.

Para o milho 1ª safra, é esperada uma redução de 1,5% na área a ser cultivada, devido à elevação dos custos bem como a uma migração para cultivos mais rentáveis.

O plantio está avançado no Sul do país, onde as precipitações frequentes e bem distribuídas favorecem o seu desenvolvimento inicial, apesar das baixas temperaturas registradas que retardaram a emergência em algumas regiões.