Plant based perde ritmo após rápido crescimento
Motivos seriam público superdimensionado, preço alto e dúvidas sobre saudabilidade
Nature indica que plant based é 90% diferente nutricionalmente em relação à carne "de verdade". (foto - divulgação)
Uma das principais referências no mercado de plant based global, a Beyond Meat, chamou a atenção nas últimas semanas.
A empresa, que realizou o maior IPO do setor em 2019, anunciou a demissão de 19% de seus funcionários e amargou uma desvalorização de 80% de suas ações em Wallstreet desde janeiro.
Seriam sinais de que os plant based estão perdendo força?
Pode-se dizer que, apesar da relevância da Beyond Meat, talvez seja um caso isolado, mas não é assim.
Mais empresas, como a Impossible Foods e a multinacional brasileira JBS, entre outras, já perceberam uma desaceleração no mercado, especialmente nos Estados Unidos.
Os consumidores americanos consumiram 10,5% menos “carne à base de plantas” entre janeiro e setembro de 2022 do que no mesmo período do ano passado.
Como reflexo direto a Beyond Meat deve ter um faturamento até 14% menor neste ano, a JBS anunciou o fechamento da Planterra naquele país e a Impossible Foods também noticiou um corte de 6% de seus trabalhadores.
"Plant based não é tudo isso"
A pesquisa “Future of Fresh”, da Delloite, indica que a própria percepção da “saludabilidade” das “carnes de vegetais” piorou no país, o que pode apontar uma referência para os demais países.
Segundo o estudo da consultoria, publicado no final de setembro, alimentos à base de plantas ainda são uma tendência, mas as carnes à base de plantas, nem tanto mais.
Mas o que está acontecendo?