Brasil redobra atenção com gripe aviária após casos na Argentina e Uruguai

País segue livre da doença, porém risco mais alto da entrada da doença no país segue até maio

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Brasil diz estar em contato em tempo real com as autoridades sanitárias dos países vizinhos. (foto - Mapa)

Brasil diz estar em contato em tempo real com as autoridades sanitárias dos países vizinhos. (foto - Mapa)

16deFevereirode2023ás09:53

Após a confirmação dos primeiros casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP – vírus H5N1) em aves silvestres na Argentina e no Uruguai, o Brasil anunciou que irá “aumentar status de vigilância”, reforçando a atenção, especialmente nas fronteiras.

A informação foi dada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (15). “Estamos tomando providências preventivas, garantindo que, por ora, o Brasil continua com status livre da gripe aviária”, disse.

Com os casos do Uruguai e Argentina, todos os países da América do Sul notificaram a presença do vírus, com exceção de Brasil, Guianas e Suriname. A enfermidade é devastadora para as aves e, segundo levantamento, poderia causar R$ 13,4 bilhões de prejuízo ao setor avícola brasileiro.

O Departamento de Saúde Animal do Brasil disse estar em contato em tempo real com as autoridades sanitárias dos países vizinhos. O País também possui um plano de contingência elaborado para desenvolver ações no caso da entrada da doença no país.

“Se por acaso entrar a doença no país, o serviço veterinário oficial dos estados já entra com ações de bloqueio da área e outras ações previstas dentro do plano são executadas em um raio de 10 quilômetros da detecção”, explica a coordenadora de Assuntos Estratégicos do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Anderlise Borsoi.  

O ministro Fávaro ainda destacou a eficiência do sistema de vigilância do Brasil e a importância da comunicação da doença por qualquer pessoa que perceba os sintomas em aves caseiras ou silvestres. 

A gripe aviária altera sinais respiratórios, nervosos, digestivos das aves, que pode provocar morte do animal.

“Temos um bom sistema, que previne muito. Estamos preparados para enfrentar e continuar garantindo as nossas exportações e o status de um país que tem liderança regional na vigilância sanitária”, disse.