G20 pode combater fome se deixar de investir em energia suja, diz estudo

Relatório cita a Índia que aposta na energia limpa como exemplo

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No Brasil, o fomento aos combustíveis fósseis foi de R$ 118,2 bilhões em 2021

No Brasil, o fomento aos combustíveis fósseis foi de R$ 118,2 bilhões em 2021

23deAgostode2023ás16:51

Um grupo de organizações, que conta, no Brasil, com o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) como representante, lançou hoje (dia 23) um estudo que destaca que, em 2022, os países do G20 aplicaram US$ 1,4 trilhão para apoiar combustíveis fósseis.

Esse valor representa mais do que o dobro do investimento feito antes da pandemia de Covid-19 e da crise energética de 2019 e vai na contramão das políticas ambientais e sociais.

O G20 é um grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia. Foi criado em 1999.

O montante indicado considera subsídios destinados a: 

  • combustíveis fósseis - US$ 1 trilhão,
  • investimentos de empresas estatais - US$ 322 bilhões e
  • empréstimos de instituições financeiras públicas - US$ 50 bilhões. 

 

Na leitura das instituições, os membros do G20 fariam bem ao deixar de lado os benefícios fiscais à indústria de petróleo, carvão e gás, porque, em seus cálculos, ganhariam US$ 1,4 trilhão e US$ 1 trilhão adicional ao impor taxas ao segmento, cobrando entre US$ 25 a 50 para cada tonelada de CO2 [dióxido de carbono] emitida na atmosfera.