G20 pode combater fome se deixar de investir em energia suja, diz estudo
Relatório cita a Índia que aposta na energia limpa como exemplo
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No Brasil, o fomento aos combustíveis fósseis foi de R$ 118,2 bilhões em 2021
Um grupo de organizações, que conta, no Brasil, com o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) como representante, lançou hoje (dia 23) um estudo que destaca que, em 2022, os países do G20 aplicaram US$ 1,4 trilhão para apoiar combustíveis fósseis.
Esse valor representa mais do que o dobro do investimento feito antes da pandemia de Covid-19 e da crise energética de 2019 e vai na contramão das políticas ambientais e sociais.
O G20 é um grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia. Foi criado em 1999.
O montante indicado considera subsídios destinados a:
- combustíveis fósseis - US$ 1 trilhão,
- investimentos de empresas estatais - US$ 322 bilhões e
- empréstimos de instituições financeiras públicas - US$ 50 bilhões.
Na leitura das instituições, os membros do G20 fariam bem ao deixar de lado os benefícios fiscais à indústria de petróleo, carvão e gás, porque, em seus cálculos, ganhariam US$ 1,4 trilhão e US$ 1 trilhão adicional ao impor taxas ao segmento, cobrando entre US$ 25 a 50 para cada tonelada de CO2 [dióxido de carbono] emitida na atmosfera.