Algodão colorido, saiba mais sobre essa variedade

Ele é tão antigo quanto o algodão branco, e já foi encontrado há mais de 4.500 anos.

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Embrapa lançou cultivares coloridas no Nordeste. (Foto - Embrapa)

Embrapa lançou cultivares coloridas no Nordeste. (Foto - Embrapa)

09deOutubrode2023ás16:33

No último sábado, foi comemorado o Dia Mundial do Algodão. A cor original da fibra é branca, mas você sabia que ao longo do tempo foram criadas outras cores, dentre elas, o marrom e o verde?

O plantio do algodão colorido é feito, principalmente, na região Nordeste do país, nos estados do Piauí, Pernambuco, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe. Como forma de criar novas alternativas para os produtores do Semiárido da região, a Embrapa implantou cultivares de algodão colorido por meio do cruzamento do algodão branco de alta qualidade de fibra com plantas de fibra naturalmente colorida.

A primeira cultivar de algodão colorido feita pela Embrapa ocorreu há 20 anos, com o intuito de oferecer alternativas de renda para os agricultores do Semiárido, além de contribuir para a preservação ambiental. De lá para cá, já foram lançadas seis variedades, com tonalidades que variam do verde aos marrons claro e avermelhado. A cultivar mais adotada pelos produtores é a BRS Rubi, por sua tonalidade mais escura, que é mais demandada pela indústria têxtil.

Esse tipo de plantio é vantajoso, pois reduz o impacto ambiental do processo têxtil, pois dispensa o uso de corantes, além de economizar cerca de 80% no consumo de água na produção do tecido.

Para que seja usado na confecção de nossas roupas, o algodão comum passa pelo processo de tingimento, ou seja, na indústria têxtil são adicionados os corantes químicos ao algodão branco. Acontece que eles são tóxicos e poluentes e podem causar alergias. Já o algodão naturalmente colorido não passa por esse processo, já que é natural.

Graças à tendência de aumento da procura por produtos mais amigáveis ao meio ambiente, o algodão colorido ganhou as passarelas de moda internacionais e tornou-se patrimônio imaterial da Paraíba em 2022.