Brasil tem o menor custo de produção de suínos entre 17 países

Estudo mostra a competitividade da suinocultura brasileira comparada a grandes concorrentes mundiais

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Em 2022, o custo de produção por quilo de suíno vivo ficou em US$ 1,28 em Santa Catarina e US$ 1,13 em Mato Grosso. (Foto - Embrapa)

Em 2022, o custo de produção por quilo de suíno vivo ficou em US$ 1,28 em Santa Catarina e US$ 1,13 em Mato Grosso. (Foto - Embrapa)

31deOutubrode2023ás13:58

 No valor do custo de produção em dólares por quilo vivo de suíno, o Brasil mantém a liderança mundial entre 17 países. O país participa com os dados dos estados do Mato Grosso e Santa Catarina.

Em Mato Grosso, o custo de produção em 2022 ficou em US$ 1,13 por quilo vivo de suíno, enquanto no estado do Sul ficou em US$ 1,28. Apesar dos aumentos de 10% e 12% nos dois estados, respectivamente, em comparação a 2021, os valores ainda são menores que nos Estados Unidos (US$ 1,42/kg vivo), Dinamarca (US$ 1,49), Espanha (US$ 1,66), Holanda (US$ 1,74) e Alemanha (US$ 1,83). A média dos países que fazem parte da rede InterPIG é de US$ 1,72 por quilo vivo.

 Os custos mundiais da produção de suínos aumentaram significativamente em 2022. Os dados são do Grupo para Comparação dos Custos de Produção na Suinocultura (rede InterPIG), que reúne instituições de 17 países produtores de carne suína, incluindo o Brasil, que é representado pela Embrapa. 

Menores preços

Em contrapartida, os menores preços recebidos pelo quilo vivo também são do Brasil, com US$ 1,06, em Mato Grosso, e US$ 1,10, em Santa Catarina. Enquanto a média, por exemplo, nos Estados Unidos é de US$ 1,58 por quilo vivo.


“O principal objetivo desta divulgação é trazer informações para os agentes da cadeia produtiva no Brasil sobre o grau de competitividade dos seus principais concorrentes,” relata o pesquisador da área de socioeconomia da Embrapa Suínos e Aves (SC) Marcelo Miele.

 Ele destaca que todos os países apresentaram significativo aumento nos custos de produção em 2022 e que os preços recebidos pelo suíno também aumentaram, porém, na maioria dos países a variação foi menor do que os custos, gerando prejuízos na suinocultura, sendo os Estados Unidos uma exceção.