"Senhor ministro, não existe chuva de veneno", contesta FPA

Ministro da Educação garantiu não haver "interferência política" em prova do Enem

|
Camilo Santana diz que perguntas polêmicas foram elaboradas em 2021. (Foto - Lula Marques/Ag. Brasil)

Camilo Santana diz que perguntas polêmicas foram elaboradas em 2021. (Foto - Lula Marques/Ag. Brasil)

22deNovembrode2023ás17:40

O ministro da Educação, Camilo Santana, compareceu a uma audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados para esclarecer as questões polêmicas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e foi confrontado pela bancada ruralista.

Os deputados membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) consideram que houve politização do tema nas provas e discriminação do setor agropecuária em três questões específicas (70, 71 e 89). Segundo eles, as perguntas associariam o agronegócio brasileiro ao desmatamento nos biomas do país; à exploração de trabalhadores do campo; e à invasão de terras indígenas.

Durante a audiência, o deputado e membro da FPA, Paulo Bilynskyj (PL-SP) questionou o ministro sobre a abordagem sobre os fatores negativos do agronegócio no Cerrado.

“A questão está errada. Esta classificação não existe, por uma questão técnica óbvia. Senhor ministro, não existe chuva de veneno. Isso é impossível. Chuva é uma precipitação da água da atmosfera”, disse para continuar.

"Quando a questão fala que ocorre um cerco aos camponeses inviabilizando a manutenção da vida, ela está dizendo que o agronegócio é genocida, o que é errado, tecnicamente incorreto."