CPI das ONG’s aprova relatório final com indiciamento do presidente do ICMBio

Mauro Oliveira Pires é acusado de corrupção passiva e improbidade administrativa

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Presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Oliveira Pires, se diz injustiçado. (Foto - Edilson Rodrigues/Ag. Senado)

Presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Oliveira Pires, se diz injustiçado. (Foto - Edilson Rodrigues/Ag. Senado)

13deDezembrode2023ás10:29

A Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou a atuação de organizações não governamentais na Amazônia (CPI das ONGs) aprovou seu relatório final ontem (dia 12).

O documento pede indiciamento do presidente Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Oliveira Pires. Ele é acusado de corrupção passiva e improbidade administrativa.

Produzido pelo senador Marcio Bittar (União-AC), o relatório final cita a ligação do chefe do órgão com uma empresa de consultoria que presta serviços na área de licenciamentos ambientais. O relatório foi aprovado por cinco votos a três.

Ao Globo, Pires disse se sentir injustiçado, uma vez que esclareceu aos senadores ter trabalhado na empresa apenas no período em que tirou uma licença não remunerada do ICMBio

O senador Beto Faro (PT-PA) discordou do pedido de indiciamento e apresentou um parecer alternativo, afirmando ser importante não se promover “um processo de criminalização das ONGs do país”. O texto de Bittar, porém, foi o que foi aprovado pela CPI. 

“Não são todas as ONGs, mas as que passaram aqui receberam mais de R$ 3 bilhões. E o que resultou para a Amazônia? Elas se unem todas para atrasar uma estrada, impedir o linhão. Somos a região mais pobre do país e se não pudermos acessar recursos naturais e construir desenvolvimento não poderemos tirar aquela região da pobreza”, disse Bittar.