Qual a melhor alternativa para a 2ª safra em Mato Grosso?
Diante da dúvida e da incerteza, uma cultura surge como alternativa
Devido à desvalorização nos preços do milho, os produtores rurais de Mato Grosso, maior Estado agrícola do país, reduziram em 10% a área plantada com milho segunda safra no atual ciclo.
Semeado imediatamente após a colheita da soja, o milho segundo safra além dos preços baixos, foi impactado pelo clima também, o que causa incógnita quanto ao futuro da próxima safra no estado.
Tanto produtores, quanto originadores e a indústria se pegam perguntando: afinal qual a melhor alternativa para a 2ª safra em Mato Grosso?
Diante da dúvida e da incerteza, uma cultura surge como alternativa: o gergelim.
Preto Zanella, proprietário da agroindústria Cooperáguas, se mostrou muito preocupado com a segunda safra do milho, além da quebra da safra de soja. Olhando para o futuro, ele revelou que enxerga uma cultura como oportunidade de negócio no futuro.
Ele aposta no gergelim porque “é uma cultura mais barata, tem menos riscos e o preço estava muito bom”. Ele, embora não revele o quanto, disse que vai investir na produção tanto em Mato Grosso quanto no Piauí e também no aumento da capacidade de armazenamento no próximo plantio.
“O mercado mundial do gergelim é muito grande. É uma cultura atrativa, pelo preço da venda e o valor investido nele que não é muito expressivo. O gergelim já cresceu muito esse ano e vai crescer muito mais”, aponta ele.
Zanela revela que a alternativa é boa e o investimento barato.
“É uma alternativa para dar um respiro porque sobra dinheiro pelo investimento baixo. No patamar que está o milho hoje, de 37, de 38, é inviável continuar, pois não sobra dinheiro. O gergelim trabalha na faixa de cinco reais o quilo para vender, então acaba sobrando dinheiro. E um custo de produção está na casa de mil reais e ele pode produzir até mil quilo por hectare.”
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Mesma opinião tem Tiago Perondi, consultor técnico da Pop Corn Agrícola Lucas.