Projeto milionário vai injetar CO2 no subsolo para 1º combustível com pegada negativa do mundo
Usina de etanol de milho investe R$ 450 milhões para enterrar gás poluente a 800 metros de profundidade
A FS, empresa produtora de etanol de milho, confirmou a viabilidade técnica do projeto para injetar CO2 a 800 metros de profundidade no solo e gerar o primeiro combustível de pegada negativa no mundo.
A empresa concluiu estudos que comprovam as condições geológicas ideais para “enterrar” o gás de efeito estufa (GEE), resultado da fase de fermentação da produção do biocombustível.
No total, a FS já investiu cerca de R$ 100 milhões nas pesquisas e estudos e destinará outros R$ 350 milhões nas instalações, que já começaram a ser feitas em sua unidade de Lucas do Rio Verde (MT).
“Este avanço deve tornar a FS a primeira produtora de etanol com pegada negativa em carbono no mundo e a primeira a desenvolver a tecnologia fora dos Estados Unidos”, Daniel Lopes, vice-presidente de Sustentabilidade e Novos Negócios na FS.
Apenas duas produtoras de etanol nos Estados Unidos utilizam a tecnologia que é conhecida como BECCS (Produção de bioenergia com captura e armazenamento de carbono).
Apesar de mais sustentável, a tecnologia BECCS em si não garante pegada negativa de carbono. Uma biorrefinaria “carbono negativa” depende de outros elos no ciclo de produção, como o tipo de energia usada pela própria fábrica e o nível de sustentabilidade do milho.