Governo Lula projeta corte de R$ 3,7 bilhões para Proagro em 2025

Outro programa que está na lista de revisão de despesas da equipe econômica é o Seguro Defeso

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Sergio Firpo, secretário de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas e Assuntos Econômicos, durante entrevista sobre revisão de gastos. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Sergio Firpo, secretário de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas e Assuntos Econômicos, durante entrevista sobre revisão de gastos. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

29deAgostode2024ás11:33

Dois meses após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciar o corte de cerca de R$ 26 bilhões de gastos no Orçamento de 2025, a equipe econômica anunciou, nesta ontem (dia 28), em Brasília, o detalhamento das medidas de revisão de despesas obrigatórias. O principal foco está na melhoria da gestão e na redução de fraudes.

Neste detalhamento, a equipe econômica projeta um corte de gastos de R$ 3,7 bilhões no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) em 2025.

Segundo o governo, na sua explanação, o corte no Proagro será feito em duas partes. Serão R$ 1,9 bilhão na revisão de gastos feito pela área econômica e R$ 1,8 bilhão na reprogramação/realocação de recursos. 

Segundo o secretário de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas e Assuntos Econômicos do MPO, Sérgio Firpo, o Proagro passou por uma série de mudanças desde abril, sobretudo abril e maio, que têm impacto sobre o exercício de 2024, mas que se refletem sobre 2025 também.

“Caso essas medidas fossem removidas, que impacto teriam no orçamento? Em 2025, teria impacto de R$ 1,9 bilhão”, explicou.

Mais cortes no agro

Outro programa que está na lista de cortes é o Seguro Defeso, que é uma alternativa para pescadores artesanais receberem uma renda na época que não podem pescar.

A área econômica prevê que R$ 1,1 bilhão seja economizado com medidas que ainda devem ser aprovadas, de acordo com o secretário do MPO. A estimativa é de que haja um pente-fino no número de beneficiários e que haja uma redução de 20%. 

Segundo Firpo, o número de beneficiários excede o número estimado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de pescadores artesanais.