União Europeia rejeita pedidos de diversos países para adiar Lei Antidesmatamento

Representantes do agronegócio brasileiros mostram mais críticas do que preocupações

União Europeia rejeita pedidos de diversos países para adiar Lei Antidesmatamento
26deSetembrode2024ás14:52

A União Europeia (UE) informou aos membros da Organização Mundial de Comércio (OMC) que não adiará a implementação da Lei de Antidesmatamento (EUDR, do inglês0, apesar do pedido formal de diversos países, incluindo o Brasil, Índia, Indonésia e EUA.

A informação vem como um balde de água fria nas expectativas de que o bloco poderia ser sensível às solicitações de países de fora e até mesmo pertencentes à União Europeia e importadores europeus.

O próprio ministro substituto da Agricultura e Pecuária do Brasil, Roberto Perosa, declarou ontem que havia perspectivas de um recuo sobre o prazo de entrada em vigor da lei. Recentemente, o Brasil chegou a entregar uma carta com tal solicitação.

No entanto, a questão foi discutida ontem (dia 25) no comitê de agricultura da Organização Mundial do Comércio (OMC), que continua hoje, sem avanços. Assim, a Lei de Antidesmatamento da UE entrará em vigor a partir de 30 de dezembro.

"Na reunião do Comitê de Agricultura de hoje, a UE anunciou que não adiará a aplicação do EUDR, desafiando o clamor dos principais países exportadores de produtos agrícolas, incluindo Brasil, Índia, Indonésia e EUA", disse uma autoridade sediada em Genebra.

A regulamentação abrange gado, búfalo, carne de bovinos, preparações, torta de óleo, soja, óleo de palma, cacau em pó, chocolate, café, couro, pele, papel, papelão, madeira, artigos de madeira, polpa de madeira, tábuas e móveis de madeira, entre outros produtos.