Lula manda indireta ao agro e lança Plano de Agroecologia com R$ 1 bilhão para produção de arroz

Além disso, ministro avisa que programa para redução do uso de agrotóxicos está sendo elaborado

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Lula manda indireta ao agro e lança Plano de Agroecologia com R$ 1 bilhão para produção de arroz
16deOutubrode2024ás14:54

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou, nesta quarta-feira (16), o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) e o programa Arroz da Gente, que visa estimular a produção e a formação de estoques de arroz no país. Serão investidos cerca de R$ 1 bilhão para a compra de até 500 mil toneladas do grão.

Durante o seu discurso, Lula enviou uma mensagem indireta ao setor do agronegócio ao mencionar o lançamento do Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara), que pretende diminuir o uso de defensivos agrícolas no Brasil.

"Há muita gente que não gostaria que estivéssemos implementando o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica. Essas pessoas estarão observando para ver se estamos fazendo as coisas do jeito certo. Depois do golpe contra a Dilma, muitas das coisas que plantamos foram destruídas. Para que esse plano dê certo, é preciso uma perfeita combinação entre o governo e o movimento que propôs essas ideias. Estarei atento, e a nossa imprensa estará no meu pé, cobrando para ver se tudo está acontecendo como deveria", afirmou Lula.

Lula já tinha criticado o uso de agrotóxicos no Brasil e causado polêmica há duas semanas. As declarações do presidente causaram reação e críticas.

Proposto em 2014, o Pronara ainda não foi implementado. O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, disse que o programa está em fase de elaboração e será incluído no Plano Nacional de Agroecologia.

“O objetivo é substituir agrotóxicos altamente tóxicos por bioinsumos, envolvendo a Embrapa, universidades e empresas. Isso ajudará a garantir uma transição segura e produtiva. Os bioinsumos oferecem alta produtividade e qualidade a um custo menor”, explicou Teixeira.

Segundo o governo, a intenção é reduzir o uso de defensivos agrícolas de alta periculosidade, já proibidos na Europa, mas ainda utilizados no Brasil.