Quem ganha mais com o acordo Mercosul-UE?

Texto final contrariou a expectativa de países como França e Polônia

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Café e frutas terão alíquota zero; carne e açúcar, tarifas reduzidas

Café e frutas terão alíquota zero; carne e açúcar, tarifas reduzidas

09deDezembrode2024ás08:21

Após 25 anos de negociações, o acordo entre Mercosul e União Europeia (UE) foi formalizado nesta sexta-feira (6), sem mudanças no comércio de produtos agropecuários. O governo brasileiro confirmou que as condições de entrada na UE permanecem as mesmas do texto de 2019.

Café e sete tipos de frutas do Mercosul – abacate, limão, lima, melão, melancia, uva de mesa e maçã – terão alíquota zero para exportação, sem cotas. Produtos como carne e açúcar seguirão com cotas e tarifas reduzidas, aplicando a desgravação tarifária gradualmente, em prazos de até 12 anos.

O texto final contrariou a expectativa de países como França e Polônia, que almejam restringir os produtos do continente sul-americano para não perderem competitividade. Existe a possibilidade de Itália, Países Baixos e Áustria se oporem ao acordo.

Outros produtos agropecuários terão cotas (volumes máximos) e tarifas para entrarem na União Europeia, porém mais baixas que as atuais. 

O acordo prevê a desgravação (retirada gradual da tarifa), de modo a zerar o Imposto de Importação entre os dois blocos e cumprir as condições de uma zona de livre-comércio. Os prazos para a eliminação de tarifas são de quatro, sete, oito, 10 e 12 anos, variando conforme o item.