Ataque em SP: o que se sabe até agora sobre mortes e prisões no assentamento do MST?
Caso segue sob investigação, com promessas de punição exemplar aos responsáveis
|Seis pessoas com idades entre 18 e 49 anos sofreram ferimentos graves e foram encaminhadas a hospitais da região. (Foto-MST)
Um ataque a tiros no assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Tremembé, interior de São Paulo, resultou na morte de duas pessoas e deixou seis feridos. A ação ocorreu na noite de sexta-feira (11), quando homens armados invadiram o local.
De acordo com o MST, o grupo de aproximadamente dez homens chegou ao assentamento por volta das 23h, utilizando cinco carros e duas motos.
Eles começaram a atirar indiscriminadamente enquanto a maioria dos moradores dormia, incluindo crianças e idosos. As vítimas fatais foram Valdir do Nascimento, de 52 anos, uma liderança local, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos.
Seis pessoas com idades entre 18 e 49 anos sofreram ferimentos graves e foram encaminhadas a hospitais da região, incluindo o Hospital Regional do Vale do Paraíba, em Taubaté. Algumas passaram por cirurgias devido à gravidade dos ferimentos.
Prisões e investigações
A Polícia Civil de São Paulo prendeu um dos principais suspeitos do ataque, identificado como Nero do Piseiro. Ele foi apontado como mentor intelectual da ação e já possuía antecedentes criminais por porte ilegal de arma.
Nero foi capturado no bairro Santa Tereza, em Taubaté, e reconhecido por testemunhas.
A motivação do crime estaria ligada a um desentendimento sobre a posse de terras no assentamento. Segundo o delegado Marcos Rogério Pereira Machado, Nero está colaborando com a investigação, indicando possíveis locais de outros suspeitos.