Ponte da Rota Bioceânica inova e usa concreto com gelo para enfrentar calor extremo
Construção atingiu nesta semana 65% de conclusão e gera expectativa no agro
Nova infraestrutura reduzirá em 9,7 mil quilômetros as rotas marítimas entre o Brasil e a Ásia (Fotos: Álvaro Rezende)
A Rota Bioceânica, que conectará Mato Grosso do Sul ao Paraguai, Argentina e Chile, promete revolucionar o transporte entre o Brasil e o Oceano Pacífico.
Com mais de 65% da construção concluída até o final de 2024, a Ponte Bioceânica, que liga Carmelo Peralta (Paraguai) a Porto Murtinho (Brasil), utiliza uma inovação para driblar o calor extremo da região: concreto misturado com gelo.
A técnica, desenvolvida para enfrentar as altas temperaturas do Chaco paraguaio, assegura a hidratação adequada do concreto e evita seu endurecimento prematuro, causado pelo calor gerado no processo de hidratação do cimento.
Essa medida é essencial para garantir a qualidade e a durabilidade da estrutura, que terá 1.294 metros de extensão e 29 metros de altura em relação ao rio Paraguai.
Andamento das Obras
A construção da ponte, conduzida por um consórcio binacional financiado pela administração paraguaia da Itaipu, envolve atualmente 404 trabalhadores e já completou 100% dos viadutos.