Filas, atrasos e colheita travada: chuvas complicam produção em Mato Grosso
Subiu para 32 o número de municípios que declararam situação de emergência no estado
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O atraso na colheita da soja também afeta o plantio do milho, que já opera em uma janela curta.
O excesso de chuvas no início do ano tem gerado alertas para os produtores de soja e milho em Mato Grosso. A Associação dos Produtores de Soja do estado (Aprosoja MT) destaca que as precipitações intensas estão atrasando a colheita. Já são 32 municípios que decretaram situação de emergência.
A instabilidade climática mantém as atenções voltadas para o setor, que enfrenta dificuldades no campo, problemas logísticos e desafios de armazenagem, o que pode comprometer a safra.
Durante o plantio, muitas regiões do estado já sofreram com a falta de chuva, que atrasou a semeadura da soja.
Agora, na colheita, o cenário se inverte: sojicultores enfrentam dificuldades para operar as colheitadeiras devido ao excesso de umidade, especialmente nas regiões leste e médio-norte de Mato Grosso.
Até esta terça-feira (28), os volumes acumulados em algumas áreas ultrapassaram os 400 milímetros nas últimas semanas, impactando diretamente a colheita.
O vice-presidente da Aprosoja MT, Luiz Pedro Bier, explica que a situação já era esperada devido ao atraso na semeadura, mas a intensidade das chuvas superou as previsões.
"Nos últimos 20 dias, a chuva veio com força no estado, em grandes volumes e com muita frequência, impossibilitando os trabalhos no campo", afirma Bier.
Problemas logísticos
Além da dificuldade no campo, a logística se tornou um desafio para os produtores. As chuvas intensas estão danificando estradas, pontes e rodovias municipais, causando alagamentos, atoleiros e deslizamentos, o que dificulta o escoamento da produção.