Fávaro traça limite ao petismo no governo, enquanto enfrenta "fritura" com a FPA
Disputa política testa força do ministro no Planalto e no Congresso
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O ministro Carlos Fávaro atravessa uma das semanas mais difíceis de seu mandato de pouco mais de 2 anos à frente do Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa).
Desde o anúncio-surpresa da suspensão de linhas com juros equalizados do Plano Safra na ultima quinta-feira, as fissuras com alas do governo e a bancada ruralista se agravaram.
Nem mesmo a solução encontrada por meio de Medida Provisória (MP), que destinou R$ 4,18 bilhões em crédito extraordinário ao Plano Safra, foi suficiente para restaurar a normalidade.
Pelo contrário. O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion, subiu o tom ao insinuar que Fávaro não é um ministro forte (leia abaixo).
Limite ao petismo
Fiel à liderança do presidente da República desde o primeiro dia, Fávaro é alvo de críticas de grupos do agronegócio, apesar de realizações relevantes.
Em entrevista a CNN sobre o tema, o ministro destacou o "maior Plano Safra da história”, recorde de abertura de mercados, a aprovação de marcos importantes como as leis dos Bioinsumos e do Combustível do Futuro, entre outras.
A resposta aos críticos no parlamento foi seguida de um "basta" dentro do governo.