IPCA-15 tem maior alta para fevereiro desde 2003; inflação de alimentos desacelera

As maiores elevações vieram nos ovos, com 15,39%, e no café moído, com 10,77%.

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Nos últimos 12 meses, o café acumulou uma alta expressiva de 66,18%.

Nos últimos 12 meses, o café acumulou uma alta expressiva de 66,18%.

12deMarçode2025ás14:40

Impulsionada pelo aumento na conta de luz, a inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), avançou 1,31% em fevereiro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa veio após uma variação de 0,16% em janeiro e representa o maior avanço para fevereiro em 22 anos, desde 2003, quando atingiu 1,57%. Além disso, é o maior resultado desde março de 2022, quando o índice marcou 1,62%.

Alimentos continuam em alta, mas ritmo desacelera

O preço dos alimentos, uma das principais preocupações do governo, seguiu em alta, mas com menor intensidade. O grupo alimentos e bebidas registrou aumento de 0,70%, abaixo dos 0,96% de janeiro.

Os itens que mais pressionaram foram: 

  • Café moído: alta de 10,77%, com impacto de 0,06 ponto percentual;

  • Ovo de galinha: aumento de 15,39%, impactando em 0,04 ponto percentual.

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Segundo o IBGE, o café enfrenta problemas na safra desde janeiro de 2024.

“O café, com problemas na safra, está em trajetória de alta desde janeiro de 2024. Já o aumento do ovo se justifica pela alta na exportação, após problemas relacionados à  gripe aviária nos Estados Unidos e também pela maior demanda devido à volta às aulas. Além disso, o calor prejudica a produção, reduzindo a oferta”, diz o gerente do IPCA, Fernando Gonçalves. 

Nos últimos 12 meses, o café acumulou uma alta expressiva de 66,18%.

Por outro lado, alguns alimentos tiveram queda nos preços:

  • Batata-inglesa: recuo de 4,10%;

  • Arroz: queda de 1,61%;

  • Leite longa vida: redução de 1,04%.

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