Mercado de drones agrícolas deve chegar a US$ 6 bilhões até 2030
Relatório destaca expansão global impulsionada por tecnologia, inclusão social e mudanças regulatórias
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O uso de drones de pulverização vem ganhando espaço nas lavouras do mundo e deve movimentar cerca de US$ 6 bilhões até 2030, com um crescimento médio anual próximo de 30%.
A estimativa faz parte do relatório Drones Agrícolas: cenários, virtudes e desafios, divulgado pelo Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), que analisa as principais tendências, oportunidades e barreiras para a tecnologia.
Segundo estudos de consultorias internacionais citados pelo Sindag, o mercado de drones de pulverização agrícola alcançará entre US$ 6,4 bilhões e US$ 6,42 bilhões nos próximos cinco anos.
A consultoria indiana 360iResearch projeta crescimento de 29,01% ao ano, enquanto a americana GII Global Information prevê avanço de 28,73%.
Já considerando todo o mercado de drones agrícolas — incluindo mapeamento, monitoramento e imagens multiespectrais — o setor já movimenta US$ 6 bilhões e deve ultrapassar os US$ 23 bilhões até 2032, segundo a Fortune Business Insights.
Brasil acelera na adoção e amplia frota
O Brasil possui hoje a segunda maior frota de aeronaves agrícolas convencionais do mundo, com mais de 2,7 mil unidades em operação. Segundo o Sindag, a expectativa é que o país ultrapasse 3 mil aeronaves até 2026.
Paralelamente, o uso de drones cresce em ritmo acelerado: há atualmente 7,8 mil drones agrícolas registrados na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) — o dobro em relação ao ano anterior. A expectativa é que esse número continue em expansão ao longo de 2025.
Para o economista e diretor operacional do Sindag, Cláudio Júnior Oliveira, esse avanço é impulsionado tanto pela busca por tecnologias de precisão quanto pelo esforço da entidade em promover a regularização dos equipamentos.
“A tecnologia vem se consolidando como ferramenta complementar ao avião agrícola e essencial para propriedades menores, onde a pulverização tripulada pode ser inviável”, afirmou durante a Agrishow 2025, no interior de São Paulo.