Livre da febre aftosa, Brasil acelera acordos com mercados estratégicos: veja os próximos passos
Reconhecimento sanitário abre nova fase nas estratégias comerciais do governo e do setor de carnes
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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Carlos Fávaro, e os presidentes da ABIEC, Roberto Perosa, e da ABPA, Ricardo Santin, durante entrega do certificado em Paris. (Foto - Ricardo Stuckert)
“Livre da febre aftosa, buscamos acordos com importantes mercados, como a Coreia do Sul e o Japão.” Foi com essa frase que o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, definiu os próximos passos do Brasil após receber o certificado de país livre da febre aftosa sem vacinação.
O documento, emitido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) no dia 29 de maio, foi entregue oficialmente nesta sexta-feira (6), em Paris.
Segundo Fávaro, os protocolos sanitários exigidos por esses países já foram cumpridos pelo Brasil. Agora, o objetivo é concluir as tratativas comerciais e ampliar a presença da proteína animal brasileira em mercados considerados estratégicos.
“O Brasil já exporta carne bovina e suína para mais de 160 países”, destacou à CNN Money, em Paris
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Para o ministro, a certificação internacional chancela décadas de esforço e articulação regional no combate à doença.
“São mais de 60 anos que o Brasil enfrenta a doença. Foram diversas campanhas e parcerias com iniciativa privada, entidades representativas, estados, municípios e países vizinhos. O Brasil teve papel de protagonismo. Fez acordos com Bolívia, Paraguai, Colômbia, Venezuela e Guiana, distribuiu vacinas. Isso porque não adiantaria conseguir este certificado hoje se, em torno do Brasil, estivéssemos com focos de febre aftosa.”
Durante a cerimônia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou o peso da conquista.