“Vazio energético” limita expansão da agricultura irrigada
Estudo aponta déficit de energia elétrica nos polos irrigados e cobra políticas públicas para o setor
|
A falta de infraestrutura elétrica adequada no campo está travando o avanço da agricultura irrigada no Brasil.
Um mapeamento inédito da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) escancarou o que produtores já sentem na prática: a escassez de energia elétrica de qualidade é um dos principais entraves ao crescimento da irrigação, essencial para a produtividade agrícola em um país com forte sazonalidade de chuvas.
O estudo, elaborado em parceria com a Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), aponta a urgência de investimentos em infraestrutura energética rural para garantir a continuidade da produção e reforçar a segurança alimentar nacional e global.
Segundo o levantamento, a intenção é fornecer dados que subsidiem políticas públicas, orientem o planejamento do setor e atraiam investimentos.
“Os resultados obtidos não apenas oferecem uma visão clara da situação eletroenergética atual da irrigação no Brasil, mas também servirão como ferramentas valiosas para a análise das futuras expansões”, destaca o relatório.
O levantamento evidenciou uma demanda reprimida nas principais regiões agrícolas do país. Em muitos casos, a energia que chega ao campo é insuficiente ou de baixa qualidade, comprometendo o funcionamento dos sistemas de irrigação e impactando diretamente a produção.