Aviação agrícola deve ultrapassar R$ 10 bilhões em faturamento até 2028
Além disso, uso de drones no campo cresce 122% em um ano e consolida nova fase da agricultura de precisão
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A aviação agrícola brasileira deve ultrapassar a marca de R$ 10 bilhões em faturamento anual até 2028, segundo o estudo Perspectivas Econômicas e de Sustentabilidade Aeroagrícola 2025, elaborado pelo economista Cláudio Júnior Oliveira, diretor do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag).
A projeção considera um crescimento médio de 4,16% ao ano, impulsionado por inovações tecnológicas, ampliação da frota e avanço das práticas de sustentabilidade.
O levantamento aponta que o setor movimentou R$ 8,17 bilhões em 2024, atendendo cerca de 136 milhões de hectares com 2.722 aeronaves tripuladas.
Até 2028, a expectativa é de que a frota ultrapasse 3.400 aeronaves, alcançando mais de 170 milhões de hectares tratados por safra.
Os dados posicionam o Brasil como a segunda maior potência global em aviação agrícola, atrás apenas dos Estados Unidos.
Frota cresce com força no campo
A pulverização aérea cobre culturas de alta relevância para o agro brasileiro, como soja, milho, algodão, cana-de-açúcar, arroz, pastagens e florestas plantadas.
Além disso, desempenha funções essenciais em áreas de difícil acesso, como semeadura, controle de pragas e incêndios, povoamento de rios e aplicação de fertilizantes.
A estrutura do setor inclui uma rede de operadores, pilotos e tecnologias embarcadas que garantem agilidade, precisão e economia de insumos.
O Sindag destaca que a velocidade da aplicação aérea pode ser até 75 vezes superior à de um pulverizador costal, com menor risco de amassamento das lavouras e mais segurança para o trabalhador rural.