Capital do MS bane murta para conter greening e atrair mais investimentos
Medida reforça política de defesa sanitária e consolida estado como nova fronteira da produção de cítricos no país
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A Câmara Municipal de Campo Grande aprovou projeto de lei que proíbe o comércio, o transporte, a produção e o plantio da Murraya paniculata, conhecida popularmente como murta de cheiro ou “dama da noite”.
A planta é considerada a principal hospedeira do psilídeo-da-laranja, inseto transmissor do greening, a mais devastadora doença da citricultura mundial.
“Campo Grande é a cidade com a maior concentração de plantas dessa espécie, que, como sabemos, é a principal hospedeira de uma praga que dizima as plantações de cítricos. Ao aprovar a lei, os vereadores e toda a cidade sinalizam que estão envolvidos no esforço iniciado pelo Governo do Estado para dar segurança aos citricultores e tornar Mato Grosso do Sul um potencial polo produtor de cítricos”, afirmou o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul (Semadesc), Jaime Verruck, que classificou a decisão como estratégica para consolidar o Estado como referência na produção de cítricos..
O projeto agora segue para sanção da prefeita Adriane Lopes. A proposta prevê multa de R$ 1 mil para quem for flagrado plantando, comercializando, transportando ou produzindo mudas da murta em Campo Grande.
O valor será corrigido pelo IPCA e dobrado em caso de reincidência.
A lei também obriga a prefeitura a elaborar um plano de erradicação da murta, começando pelas áreas públicas — como vias urbanas, praças, canteiros e parques — e, em seguida, avançando para propriedades privadas.
Medidas semelhantes já foram aprovadas em Três Lagoas e Dois Irmãos do Buriti, e tramitam em outras câmaras municipais. Em nível estadual, o governo sancionou, em agosto de 2023, a Lei nº 6.293, que proíbe o comércio, transporte e produção da planta em todo o território sul-mato-grossense.