Selic alta é novo balde de água fria para o produtor rural
Manutenção dos juros em 15% encarece crédito e agrava dívida no campo
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O Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (5) e pela terceira vez consecutiva, manter a taxa básica de juros em 15% ao ano. Assim, o Brasil segue no seleto grupo dos quatro países que praticam as maiores taxas do mundo.
Segundo o comunicado, a decisão leva em conta a “inércia inflacionária” e o cenário externo incerto, além dos riscos fiscais que permanecem elevados.
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Para o setor agropecuário, que depende fortemente de crédito, seja para custeio, investimento ou comercialização, a manutenção da Selic em patamar elevado é mais um balde de água fria na cabeça do produtor, especialmente do pequeno e médio.
Por enquanto, nada de refresco: custo elevado nos financiamentos e produtores que já enfrentavam prorrogações de dívidas ou rolagens agora têm na manutenção de juros elevados a permanência de barreiras para acordos ou novas operações.
Com isso, a liquidez desaparece. A conta não fecha: crédito mais caro e menor acesso ao financiamento, queda em investimentos em tecnologia, expansões e novas contratações ficam em compasso de espera e adaptação às mudanças climáticas emperram.