COP30 põe à prova promessas de financiamento climático e transição energética
Conferência reúne 194 países e cobra ação concreta para adaptação, transição justa e cumprimento das metas do Acordo de Paris
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Belém, capital do Pará, se torna, a partir desta segunda-feira (10), a capital mundial das discussões sobre mitigação e adaptação às mudanças climáticas e sobre os investimentos necessários para alcançar esses objetivos.
A 30ª Conferência das Partes (COP30) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês) ocorre até 21 de novembro e marca a primeira edição realizada na Amazônia, bioma que abriga a maior biodiversidade do planeta e funciona como regulador do clima global.
O evento tem a missão de recolocar o tema climático no centro das prioridades internacionais. Segundo a presidência da COP30, delegações de 194 países e da União Europeia confirmaram participação.
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A capital paraense deve receber mais de 50 mil visitantes, entre negociadores, cientistas, representantes de governos, organizações civis e movimentos sociais.
Cúpula do Clima reforça o tom político
Nos dias que antecederam a conferência, Belém sediou a Cúpula do Clima, que reuniu cerca de 70 países e reforçou o tom político das negociações.
O anfitrião Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ações concretas e o compromisso global de evitar o aumento permanente da temperatura média do planeta acima de 1,5°C.
“A COP30 é a COP da verdade”, afirmou Lula, ao reiterar a urgência do financiamento para adaptação e transição energética e a necessidade de reduzir a dependência de combustíveis fósseis.

Para o secretário executivo do Observatório do Clima, Márcio Astrini, a reunião de líderes foi um passo relevante.
“O presidente Lula disse que quer ver, no fim da conferência, um mapa do caminho, um roteiro de como fazer a transição, porque ela não vai acontecer da noite para o dia. Esse recado foi fundamental”, afirmou.