Entre avanços e impasses: o que travou na COP30
Apesar de avanços em financiamento climático e preservação florestal, conferência encerra sem cronograma para redução do uso de combustíveis fósseis
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A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém, Pará, terminou após 13 dias de intensas negociações com a aprovação unânime de 29 documentos, o chamado Pacote de Belém, pelos 195 países participantes.
O texto final, porém, frustrou expectativas ao não incluir compromissos vinculantes para a redução do uso de combustíveis fósseis, considerada uma das questões centrais para conter as emissões de gases de efeito estufa.
A proposta recebeu apoio de 80 dos 85 países que se manifestaram, mas foi barrada porque todas as decisões da COP exigem unanimidade.
A exclusão do tema ocorreu após forte pressão de países árabes liderados pela Arábia Saudita, com apoio de China e Índia, segundo a BBC News Brasil.
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Mesmo assim, o conjunto de decisões marca avanços importantes nas agendas de adaptação climática, financiamento, igualdade de gênero e preservação florestal.
O que avançou
Entre as 29 decisões aprovadas, o Fundo Florestas Tropicais para Sempre se destacou. O mecanismo remunera países que preservam florestas tropicais e já mobilizou aproximadamente 6,7 bilhões de dólares, com adesão de 63 países.
A iniciativa busca consolidar as florestas como ativo de desenvolvimento social e econômico.