Lei de MT leva tradings a planejar saída da Moratória da Soja em 2026
Decisão seria uma tentativa de preservar benefícios fiscais no estado do Mato Grosso, que deve cortar incentivos para empresas signatárias ao pacto
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As maiores empresas de comercialização de soja do mundo, incluindo ADM, Bunge, Cargill, Cofco e Amaggi, estão se preparando para uma saída orquestrada da chamada “Moratória da Soja”, da qual são signatárias, pacto voluntário de proteção à Amazônia que vigora há quase duas décadas.
A apuração é da Agência Reuters. A decisão é uma tentativa de preservar benefícios fiscais no estado do Mato Grosso, sem os quais a atividade produtiva se inviabiliza.
O estado aprovou uma lei que retira benefícios de empresas que façam parte da moratória.
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A movimentação dos grandes exportadores se dá no âmbito de discussões judiciais e regulatórias sobre o tema, risco de perda de incentivos fiscais e debates sobre o equilíbrio entre políticas ambientais e competitividade da cadeia do agronegócio no Brasil.
Relembre
A Moratória da Soja foi criada em 2006 como um acordo entre grandes tradings, organizações ambientais e o setor produtivo para não comprar soja cultivada em áreas da Amazônia desmatadas após julho de 2008.
O pacto é tido como um dos principais responsáveis pela redução significativa do desmatamento ligada à expansão dos plantios de soja naquela região. Sem essa iniciativa, especialistas e ambientalistas estimam que áreas comparáveis ao tamanho da Irlanda teriam sido convertidas em plantações desde então.