Produtores de leite opõem-se a rótulos “lácteos” em produtos vegetais
Enquanto a rotulagem foi regulamentada na Europa, Brasil ainda aguarda definição
|Vacas da raça Holstein, também chamada raça Holandesa, em produção no Brasil. (foto - Luiz H. Pitombo)
A Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), desde sua fundação em 2017, se posiciona contra a rotulagem e a divulgação utilizada em produtos de base vegetal com nomes relativos aos lácteos.
Na União Europeia, por exemplo, a questão foi regulamentada contemplando o produto de origem animal, enquanto que no Brasil ainda se aguarda definição.
Num movimento global direcionado por consumidores, estes produtos chamados em inglês de plant based, aumentam seu consumo não só entre flexitarianos, veganos e vegetarianos, embora continuem a ser considerados nicho de mercado.
Dados coletados pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) indicam que de 2018 a 2019 a fabricação mundial deste tipo de produto cresceu 45% na categoria dos que se autodenominam queijos e outros lácteos, o maior percentual dentre as demais. (Euromonitor, Mintel GNPD e Global Data Consumer Survey).
Indo nesta direção, Geraldo Borges, presidente da Abraleite e produtor, considera que no Brasil a oferta destes alimentos associados ao seu setor supere os restantes. Também avalia que a maior variedade desses produtos é proveniente de foodtechs e empresas de menor porte, não das grandes.