Apenas 1% do crédito de carbono global é ligado à agricultura, diz McKinsey

Metade das boas práticas contra emissões de GEE já gera mais lucro nas fazendas, outras ainda são caras

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Produtores precisam de incentivos para agricultura de baixo carbono atingir um ponto de inflexão

Produtores precisam de incentivos para agricultura de baixo carbono atingir um ponto de inflexão

30deJunhode2023ás11:20

A McKinsey & Company divulgou uma nova pesquisa revelando que as práticas agrícolas sustentáveis oferecem retorno sobre o investimento (ROI) e apresentam uma oportunidade para reduções significativas de emissões.

No entanto, existem barreiras substanciais à adoção das boas práticas em larga escala, incluindo financiamento para a transição, custos de implementação, resistência de mentalidade e falta de incentivos adicionais, como aumento dos preços do carbono.

O relatório, intitulado "A Transição Agrícola: Construindo um Futuro Sustentável", destaca que aproximadamente 50% da redução necessária nas emissões agrícolas para o caminho do “1,5°C” pode ser alcançada atualmente com impacto de custo neutro ou ROI positivo.

A expressão “caminho do 1,5º grau celsius” faz referência ao limite máximo definido pelo IPCC (International Panel for Climate Changing) da ONU para o aumento da temperatura global até 2050, que atenuaria impactos ambientais catastróficos em todo o planeta.

O estudo enfatiza que, embora existam muitas oportunidades sustentáveis, atingir um ponto de inflexão para a adoção requer incentivos como a precificação do carbono no mínimo em aproximadamente US$ 150 por tonelada.

Atualmente, apenas 1% dos créditos de carbono estão associados à agricultura, e o investimento privado em tecnologia agrícola sustentável sofreu um declínio significativo.