Prejuízos do agro gaúcho já passam dos R$ 500 milhões e vão aumentar muito mais

Um levantamento feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta que o pior desastre climático da história do Rio Grande do Sul já causou R$ 506,8 milhões em prejuízos na agropecuária.

Segundo a CNM, a estimativa é parcial porque apenas 25 cidades das 336 que foram afetadas pelos temporais registraram os danos sofridos. Os danos serão infinitamente maiores.

A economia do estado, levando em conta todos os setores, já tem R$ 967,2 milhões de prejuízos contabilizados.

Muitos produtores além das áreas alagadas perderam maquinários alagados, além de animais que morreram por conta das enchentes.

“Os danos serão infinitamente superiores aos já apontados. A maioria dos municípios afetados ainda enfrenta situação extrema e atua no resgate às vítimas”, disse a CNM, em nota.

A CMN ainda critica o governo federal.

“Importante lembrar que o Ciclone Extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul no dia 04 de setembro de 2023 levou à morte de 51 pessoas e causou mais de R$ 3 bilhões em prejuízos financeiros. Desse total, o governo federal prometeu o montante de R$ 741 milhões, mas repassou apenas R$ 81 milhões, o que representa 11% em relação ao prometido”, disse em nota.

Arroz, soja e milho

O Rio Grande do Sul é o principal estado produtor de arroz do Brasil. Segundo relatório especial feito pela consultoria Datagro, as chuvas têm potencial para quebrar a safra de arroz entre 10% e 11% e causar prejuízo de R$ 68 milhões até o momento.

Na soja, é estimado a perda de 15% a 25% da área não colhida, o equivalente a uma faixa entre 750 mil e 1,25 milhão de toneladas, com prejuízo de R$ 125 milhões e 155 milhões

Para o milho, as perdas devem ser de 2% a 4% e prejuízo  entre R$ 7 milhões e R$ 12 milhões.