Conab revisa para baixo previsão da produção de grãos

Queda é influenciada principalmente pela perda na produtividade média das lavouras do país

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Colheita do milho segunda safra está avançada e segue para a finalização, com produção estimada em 90,28 milhões de tons. (Foto: Gilson Abreu/AEN)

Colheita do milho segunda safra está avançada e segue para a finalização, com produção estimada em 90,28 milhões de tons. (Foto: Gilson Abreu/AEN)

13deAgostode2024ás09:36

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou hoje (dia 13) que a produção de grãos no ciclo 2023/2024 está estimada em 298,6 milhões de toneladas.

O volume representa uma redução de 21,2 milhões de toneladas quando comparada com o volume obtido na temporada passada. Na projeção anterior divulgado no mês passado, órgão tinha estimado uma produção de 299,27 milhões de toneladas.

Os dados de hoje estão no 11º Levantamento da Safra de Grãos divulgado pelo órgão.

“Essa queda é influenciada principalmente pela perda na produtividade média das lavouras do país, reflexo das adversidades climáticas sobre o desenvolvimento das culturas de primeira safra, em especial, desde o início do plantio até as fases de reprodução das lavouras”, diz a Conab em nota.

Milho: colheita avançada

A colheita do milho segunda safra está avançada e segue para a finalização, com produção estimada em 90,28 milhões de toneladas.

De acordo com o Progresso de Safra, publicado nesta semana pela Companhia, os trabalhos de colheita superam 90% da área cultivada no país.

As produtividades alcançadas neste ciclo do grão variaram de acordo com o pacote técnico utilizado e, principalmente, da época de plantio da cultura.

Semeaduras realizadas dentro da janela ideal, ou seja entre janeiro até meados de fevereiro, obtiveram produtividades dentro do esperado e até superiores às registradas na última safra devido, principalmente, à regularidade das chuvas durante o desenvolvimento da cultura.

As exceções a esta situação ocorreram no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, onde veranicos ocorridos em março e abril, aliados a altas temperaturas e ataques de pragas, comprometeram o potencial produtivo do cereal.