Diesel deve pressionar ainda mais inflação dos alimentos
Preço dos combustíveis também será pressionado pelo aumento do ICMS
|O início de 2025 não tem sido favorável ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Após a polêmica da crise do Pix e em meio aos esforços para conter a alta dos preços, o Palácio do Planalto enfrenta mais um obstáculo que pode intensificar a inflação dos alimentos: o aumento iminente no preço do diesel.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, já comunicou ao governo que a estatal deverá reajustar o valor do combustível nos próximos dias, acompanhando a cotação do dólar. O tema será discutido nesta quarta-feira (29) pelo Conselho de Administração da empresa.
Segundo Chambriard, a alta no diesel é necessária devido à dependência do Brasil em importações, mas, por ora, não há necessidade de reajustes na gasolina e no gás de cozinha.
A medida preocupa o governo, pois o diesel tem impacto direto nos custos do transporte e, consequentemente, no preço dos alimentos, um dos principais desafios econômicos e sociais deste início de ano.
A Petrobras ainda não definiu o percentual de reajuste, que depende da conclusão de cálculos internos.
ICMS também vai elevar preço dos combustíveis
Além da possível alta no diesel, o preço dos combustíveis será pressionado pelo aumento do ICMS, imposto cobrado pelos estados.
A partir do próximo sábado (1º), a alíquota da gasolina subirá R$ 0,10 por litro, passando de R$ 1,37 para R$ 1,47. No caso do diesel, o aumento será de R$ 0,06, elevando o imposto de R$ 1,06 para R$ 1,12 por litro.
A decisão foi tomada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e deve reforçar o impacto no custo de vida, um fator que já preocupa o Planalto, especialmente diante da queda na popularidade do governo.