Empresários do agro apostam na Rota Bioceânica para expandir negócios e ampliar investimentos
Potencial econômico atrai aportes e diversifica oportunidades no Mato Grosso do Sul
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Porto Murtinho será o ponto estratégico de conexão com os portos do Pacífico e principal saída para os mercados asiáticos. (Fotos: Saul Schramm)
A Rota Bioceânica, que conectará Mato Grosso do Sul ao Paraguai, Argentina e Chile, promete transformar o transporte entre o Brasil e o Oceano Pacífico, criando novas oportunidades para o agronegócio.
Conhecida como “Canal do Panamá terrestre”, a rota encurtará a distância para escoamento de produtos agropecuários rumo à Ásia, ampliando as exportações e fomentando o desenvolvimento econômico regional.
Empresários rurais que vivem ao longo do corredor bioceânico em Mato Grosso do Sul projetam novos investimentos e expansão de negócios.
O otimismo se deve à perspectiva de crescimento econômico com a chegada de turistas, aumento das exportações e geração de empregos.
No território sul-mato-grossense, o corredor tem início em Campo Grande (BR-060), passando por Sidrolândia, Nioaque, Guia Lopes da Laguna e Jardim, até Porto Murtinho, pela BR-267.
É neste ponto estratégico que está em construção a ponte binacional, que ligará o Brasil ao Paraguai, Argentina e portos chilenos. A previsão de conclusão da obra é para o primeiro semestre de 2026.
Turismo como Oportunidade
O produtor rural Israel Pereira Vieira, de Sidrolândia, enxergou na Rota Bioceânica uma chance de diversificar seus negócios. Dono da fazenda São Clemente, ele transformou parte da propriedade em um destino de turismo ecológico, oferecendo trilhas e passeios em cachoeiras.
“Com a rota, acredito que o movimento vai crescer. Tenho planos de abrir um restaurante e até uma borracharia para atender os viajantes”, projeta Israel.